terça-feira, 6 de dezembro de 2011

The Cure-Cabelos, Batons e Canções que apertam corações (blognovela-capítulo 2)

(1980 – 1982)  Período Dark
 
Após a gravação deste primeiro álbum, Robert inicia pouco depois a gravação do período mais "negro" dos The Cure; a trilogia, Seventeen Seconds, Faith e Pornography.
Este período é considerado por uma parte consideravel de fãs como a melhor fase da banda, na qual foram produzidas canções belas e soturnas como "A Forest", "Play For Today", "Primary", "All Cats Are Grey", "Faith", "Charlotte Sometimes", "One Hundred Years", "The Figurehead" ou "A Strange Day". À ilusão do Seventeen Seconds, segue-se a letargia do desespero em Faith. Todo esse desespero e emoções contidas transformam-se em raiva, ódio e num desespero ainda mais exacerbado em Pornography, tornando este álbum um marco para a música alternativa.
Robert Smith, que estava insatisfeito por não ter o controlo sobre certos aspectos, nesta altura passou a tomar as rédeas de todo o processo criativo e co-produziu Seventeen Seconds juntamente com Mike Hedges. A Forest foi o primeiro single dos Cure a entrar no top de singles do Reino Unido, e foi a primeira música que se pôde ouvir deste novo período. Bastante diferente do que tinha sido feito anteriormente, é no entanto, a essência deste novo período e mesmo de toda a carreira.

1980 - Seventeen Seconds

Após a tournée de 1980, Matthieu Hartley deixa a banda. Hartley afirmou, "apercebi-me que a banda estava a ir numa direcção suicida, música sombria - do tipo que não me interessava de maneira nenhuma".

Em 1981, satisfeitos com o ambiente reproduzido por Mike Hedges, gravam novamente com este produtor, desta vez o álbum Faith, que consegue levar mais adiante o ambiente depressivo presente no álbum anterior.

1981 - Faith

Na Picture Tour de 1981 os concertos assemelhavam-se a cerimónias religiosas, com uma atmosfera altamente depressiva ao ponto da audiência não aguentar e provocar graves tumultos. Nesta turnê, antes dos concertos, em vez de uma banda de suporte, apresentavam o filme Carnage Visors de Ric Gallup (irmão de Simon Gallup), um filme animado que criava a atmosfera pretendida para o início do concerto. Robert Smith vivia tão obsorvido neste ambiente depressivo, que em certas ocasiões chegava a terminar os concertos em  lágrimas; já para o fim da tournée recusava-se a tocar músicas do primeiro álbum.
Em 1982 editam um dos álbuns mais importantes da banda, Pornography, que é o pico deste período mais sombrio da banda. Este é o álbum que aponta a transição da banda para o estilo rock gótico, demonstrando uma sonoridade típica do pós-punk, mas muito mais próxima do gótico. Um álbum gravado no limite da lucidez já muito perto da insanidade, provocada por vários excessos, sendo o mais evidente o consumo desmesurado de todo o tipo de drogas. Este comportamento por parte de todos os membros da banda, torna-os demasiado frios e distantes e iria criar problemas entre eles em pouco tempo.
Este álbum inicia com a linha, "It doesn't matter if we all die" ("Não interessa se todos morrermos"), que define exactamente o pensamento da banda nesta altura. O desespero e o ódio presente no álbum pode ser abreviado pela concisão dessas primeiras palavras que ouvimos neste álbum.

1982 - Pornography

Apesar das preocupações legítimas quanto a este álbum não ter um som comercial, é o primeiro álbum da banda a atingir o top 10 no top do Reino Unido, atingindo o oitavo posto.
Nesta altura começam também a alterar a sua postura de não-imagem e encetam uma mudança no seu visual na digressão do álbum Pornography. Pintam os olhos com batom (que com o suor dava uma sensação de estarem a sangrar dos olhos) e começam a deixar crescer o cabelo duma forma desgrenhada.
Vivia-se um ambiente de "cortar à faca" dentro da banda e os concertos eram feitos quase sem qualquer diálogo entre os membros. Este período, que levou os membros da banda ao limite das suas capacidades físicas e psíquicas, culminou em cenas de pancadaria entre Simon Gallup e Robert Smith em plena tournée de 1982.
Os The Cure como eram conhecidos até então tinham acabado. No fim da tournée a banda tinha acabado, apesar de oficialmente, o fim nunca ter sido confirmado. Simon Gallup estava fora da banda.

Continua...

Abraços.
By Toniolo.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Temperos Chilenos - parte II

Sabe aqueles dias em que você termina tudo, toma um banho, deita e pensa: "este foi um dos melhores, se não o melhor, dia de minha vida". Pois é, isso foi o que pensei (e pensamos), depois de tudo o que aconteceu a seguir. Estamos em 08 de outubro de 2011; Santiago; Chile; América do Sul. Bem vindo ao Le Fournil.

Depois de uma noite inteira de "viagem"; sim, levei quase 11h de tempo em vôo + tempo em aeroporto entre POA - São Paulo - Santiago. Problema no avião da TAM e 5 horas esperando em São Paulo. Saí de POA as 14h e cheguei em Santiago depois da 1h da manhã. Como a Desi chegava (ou deveria chegar) as 3h, resolvi esperar no aeroporto mesmo. Pedi una copa de vino e aguardei. Era o que eu podia fazer. E começar o encanto vinícola pelo Chile.

Só que o vôo da GOL atrasou um pouco e a Desi chegou só pelas 4:30h. Até aí, eu já tinha tomado a taça de vinho e pedido o café da manhã, com café com leite e torradas. Só lá pelas 5:30h da manhã estávamos fazendo check-in no hotel e rumando ao quarto, para acordar as 9h, Afinal, dormir em dólares não é uma boa pedida, ainda mais em viagem.

As 9h em ponto (ou um poquito más) estávamos tomando um belo café da manhã. Em frente ao Cerro Santa Lucia, local histórico de Santiago. Juntamente com um colega de trabalho - que fazia a transição do posto profissional (me passando o bastão) - conversávamos sobre as alternativas de passeio do dia. Afinal, era sábado e estávamos livres. Trabalho, de fato, eu só teria na terça, já que segunda era feriado no Chile. Eu estava apenas de sobreaviso, se algum aluno precisasse de algum apoio. Então a idéia era aproveitar o dia.

A idéia de passeio partiu do colega: "quem sabe um passeio de bicicleta ?". Confesso que fiquei receoso... mas topamos na hora. Eu já conhecia (relativamente) bem Santiago, já que era minha terceira vez... então era uma oportunidade de visitar um cidade de cima, não mais dentro de um táxi ou metrô. A Desi não fez cerimônia e partimos. Com tênis e protetor solar, apesar da temperatura em torno de 20 graus.

No caminho, subimos ao Cerro Santa Lucia, afinal tudo era novidade para a Desi. Tem umas escadas macabras; e lugares bacanas de visitar. É simbólico para a cidade. Vale um passeio de 30 minutos e muitas fotos do local. Até o Sr. Roger Waters resolveu dar as caras (algum sinal, será...?? ). Depois, descemos o morro rumamos ao local onde alugam as bikes... combinações feitas; partimos para um passeio de 4h pela capital Chilena. Inesquecível.


Cerro Santa Lucia

Cerro Santa Lucia
Não há o que não exista...

Ao longo do passeio, rumamos em direção à Cordilheira dos Andes. De fato, conhecemos muito de uma cidade andando de bike. A cidade tem boa organização neste sentido, por meio do Parque Florestal, que cruza boa parte do Rio Mapocho e tem um visual bem bacana. Tem até sinaleiras para Bikes.

Quanto mais perto da Cordilheira, mais bonito (e rico) vai ficando. Muitas paradas, muitas fotos... e eu já com uma sede danada. Como era sábado, pensei em pegar uma ceva, numa das paradas... para desespero da vendedora que me alertou que eu não podia beber na rua (no Chile é proibido). Tudo bem, troquei a ceva pela água sem gás mesmo. Melhor assim. Vai que vou preso...


Passeio de Bike - Parque Florestal

Faltaram só os pães e as flores...


Santiago é belíssima !

Ao longo do passeio, devido as Bikes serem "estravagantes", todo mundo "abana" (existe esta palavra ?) e cumprimenta... muito legal. As crianças fazem a festa. Existem passeio guiados e passeios noturnos também, para quem prefere mais conforto e orientação. Optamos pelo passeio livre. Pagamos em torno de R$ 30,00 cada um, por 4 horas de uso. Só tem que deixar um documento e pronto: as magrelas estão a disposição.

Magrelas...
Na volta, já um pouco cansados, rumamos para entregar as bikes. Já se passam das 14h, quase 15h. Hora do almoço, sim (no Chile o almoço começa as 14h.... no sábado então, estica muito...). Decidimos almoçar em algum restaurante do Pátio Bellavista, local muito bonito e atrativo. É um pequeno conjunto comercial, com muitas lojinhas e bons restaurantes à disposição. Bastante turistas e bem tranquilo, muito bacana de conhecer. Passeio obrigatório em Santiago (fica na Av. Pio Nono). Bem fácil de chegar; estação Baquedano, metrô linha 1. Chegamos a sentar no Back Stage (restaurante), mas como demoraram mais de 20 minutos para atender, fomos a outro que não conhecíamos, chamado "Le Fournil". Foi a melhor escolha, que só saberíamos alguns minutos depois...

Pátio Bellavista - com o Sol ao fundo...
Bom atendimento, boa comida e bom vinho. Com um ambiente muito legal. Acompanhado de pessoas legais. Precisa mais ? Certamente, não. Escolhemos um vinho especial, maravilhoso... chamado Nativa, da Bodega Carmen. Feito de Uvas Orgãnicas, Carmenére, safra 2009. Perfeito, redondo, frutado. Na medida.
Para acompanhar, Salmão grelhado, em cima de um molho que parecia pesto; acompanhando de arroz misturado com funghi. Pedimos todos o mesmo prato. Bem bacana, na medida, saboroso, delicioso. Combinou bem o ambiente e, acreditem, com o vinho. Sempre acho que Salmão combina bem com vinho tinto. Me falaram que combina melhor com Pinot Noir, mas quem se importa com estas frivolidades ?

Vinho Nativa; Bodega Carmen
Salmão
 No restaurante, podemos provar um Azeite de Oliva produzido no Chile; espetacular; 0,2% de acidez, com um sabor e cheiro incríveis. Precisamos achar onde podemos comprar isto aqui no Brasil. Sensacional.

Azeite de Oliva - Divino

Saímos quase 17h do restaurante, alegres e tranquilos. Deu mais ou menos R$ 60,00 por cabeça, com pisco sour, sobremesa de chocolate, água e café para todos, além dos comes e bebes já citados. Quase nada pelo prazer imensurável.

Voltamos a pé mesmo para o hotel, que fica uns 20 minutos do local. Dia ensolarado, temperatura de 20 graus... esse era o ambiente. E fomos descansar porque de noite tinha mais. Iríamos ao Borde Rio, mas isso fica para outro post.

Santiago tem disso: a sensação de não ver o tempo passar...

By Alberton

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

The Cure-Cabelos, Batons e Canções que apertam corações (blognovela-capítulo 1)

Hoje inicia nossa blognovela de seis capítulos sobre uma banda que revolucionou a geração dos anos 80, seja pelas suas melodias que falam de amor, depressão e alegria, mas também por criar um visual único, passando a explorar uma não-imagem fisicamente onde inovaram usando batom, maquiagem e cabelos desregrados. Vamos apresentar um longo histórico da banda acompanhado de um resumo dos álbuns de estúdio ao longo de sua vasta cronologia musical.
Aprofundaremos os leitores sobre o que ouvir e qual álbum comprar.

Até 2004 a banda já havia ultrapassado os 30 milhões de álbuns vendidos em todo mundo. Segundo a revista Rolling Stone a música “Pictures of You” ficou na posição de número 278º, entre as 500 melhores canções de todos os tempos. Ao longo de 30 anos, os Cure continuam emocionando e cativando cada vez mais novos fãs. Deve existir algum motivo em suas melodias. Venha descobrir com gente o porquê deste fenômeno.

O Início (1973-1979)
A primeira formação do que viria a tornar-se os The Cure chamava-se The Obelisk e era composto por estudantes da Notre Dame Middle School de Crawley, Sussex. O grupo fez seu debute público em abril de 1973 e contava com Robert Smith no piano, Michael Dempsey e Marc Ceccagno na guitarra, Laurence "Lol" Tolhurst na percusssão e Alan Hill no baixo. Em Janeiro de 1976, após deixar os Obelisk, Marc Ceccagno forma os Malice com Robert Smith, agora também na guitarra, e Michael Dempsey, que passou a baixista, juntamente com outros dois companheiros de turma da St. Wilfrid's Catholic Comprehensive School. Ceccagno abandonou pouco depois o projecto para formar uma banda de Jazz-rock fusion chamada Amulet. Pouco tempo depois, Lol Tolhurst, dos Obelisk, e Porl Thompson, já bastante conhecido na região pelas suas aptidões, entram para os Malice na bateria e guitarra solo, respectivamente. Após várias tentativas para conseguirem um novo vocalista, Peter O'Toole assumiu a posição. Neste período faziam releituras de David Bowie, Alex Harvey, Jimi Hendrix, entre outros e começaram também a escrever o seu próprio material.

Em Janeiro de 1977, após alguns concertos pouco satisfatórios e por estarem crescentemente a serem influenciados pelo surgimento do punk rock, os Malice passaram a ser conhecidos como Easy Cure, nome retirado de uma canção de Lol Tulhurst. No mesmo ano, ganharam um concurso de talentos promovido pelo selo alemão Hansa Records e receberam um contrato de gravação. Apesar da banda ter gravado faixas para a editora, nenhuma foi lançada. Em Setembro do mesmo ano, Peter O'Toole abandonou o grupo e Smith assumiu o papel de vocalista. Seguindo desavenças em Março de 1978 sobre a direcção que a banda deveria tomar - tendo o grupo rapidamente percebido que ganharam o concurso não pelo seu valor, mas pela sua imagem, o contrato com a Hansa foi desfeito. Smith mais tarde lembrou "Nós éramos muito jovens. Eles simplesmente pensaram que nos podiam transformar num grupo adolescente. Na verdade eles queriam que nós fizéssemos releituras e nós sempre recusávamos".
Robert Smith deixa de achar  piada ao nome da banda e muda-o para The Cure, pois soava-lhe demasiado "West Coast". Entretanto Robert Smith começa também a não gostar dos solos de Porl, pois pretendia um som cada vez mais minimalista, daí que em pouco tempo Porl Thompson também abandonaria o projecto.
Nesta altura os The Cure passam a ser um trio composto apenas por Robert na voz e guitarra, Michael Dempsey no baixo e Lol Tolhurst na bateria. Enviam as suas demos a todas as maiores editoras, mas não obtêm qualquer resposta, excepto do A&R da Polydor, Chris Parry.  Após uma longa conversa, com vários copos à mistura, assinam um contrato com Parry mas não pela Polydor, mas pela sua própria editora que acabara de criar, a Fiction Records, tornando os The Cure a primeira banda a assinar por esta editora.
Lol Tolhurst, Michael Dempsey e Robert Smith.

O primeiro single da banda, "Killing an Arab" é lançado no Natal de 1978, single esse que é bem recebido pela crítica inglesa sem no entanto deixar de criar polémica junto de pessoas menos informadas que pensaram que a música teria conteúdo racista. O primeiro álbum, Three Imaginary Boys, só sai em Junho de 1979, e foi igualmente recebido com muito boas críticas, ao ponto de apelidarem os The Cure de "os novos Pink Floyd" (do período de Syd Barrett).

No entanto o som que caracteriza o álbum, ainda com algumas influências punk, músicas rápidas e diretas, já não são a imagem do Robert Smith desta altura mas sim de um Robert do passado, do período Easy Cure. A capa original deste álbum tem a particularidade de não ter imagem alguma da banda mas sim três objectos comuns a representar a banda (candeeiro, aspirador e um frigorífico) e não ter o nome das músicas, apenas umas imagens relacionadas com cada uma delas, criando um certo mistério em torno da banda. Mas o que Chris Parry queria demonstrar com esta atitude era que a banda valia pela sua música e não pela sua imagem. Nesta altura eles queriam demonstrar que eram apenas simples pessoas a fazer música, sem qualquer tipo de imagem.

1979 - Three Imaginary BoysComeçam a tournée de promoção ao álbum e pouco depois são convidados para serem a banda de suporte para a banda Siouxsie & The Banshees. Após uma invulgar deserção no seio desta banda em plena tournée, Robert Smith oferece-se para o lugar de guitarrista até ao fim desta e passaria a fazer os dois sets, tanto pelos Cure como pelos Banshees.

Editam o single "Boys Don't Cry" em Junho que não obtém o sucesso esperado.
O terceiro single dos The Cure, "Jumping Someone Else's Train" foi lançado no começo de Outubro de 1979. Pouco após, Dempsey foi expulso da banda pela sua fria recepção ao material que Smith havia escrito para o álbum seguinte. Dempsey juntou-se aos The Associates, enquanto o baixista Simon Gallup e o teclista Matthieu Hartley da banda de post-punk/new wave de Horley, The Magspies, se juntaram aos The Cure. Os The Associates seriam a banda de abertura para os The Cure inicialmente e The Passions na turnée inglesa Future Pastimes entre Novembro e Dezembro, com a nova formação dos Cure já a tocar algumas canções do projectado segundo álbum. Enquanto isso, uma banda paralela formada por Smith, Tolhurst, Dempsey, Gallup, Hartley e Thompson, com vozes de apoio de família e amigos, e com o carteiro local, Frankie Bell, a vocalista, lançaram um single de 7 polegadas em Dezembro sob o nome presumido de Cult Hero.

Aguarde cenas dos próximos capítulos.
Abraços.

By Toniolo.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Temperos de Tempos de Retorno

Saiu na Globo ! Enfim, vai saber... mas não custa torcer !
FONTE: site http://www.globo.com/

By Alberton

Keith Richards, guitarrista dos Rolling Stones e pirata Charles Sykes / AP Photo

RIO - Keith Richards está animado com as comemorações dos 50 anos dos Rolling Stones e pretende fazer uma turnê juntando todos os ex-integrantes da banda, em 2012. Richards revelou recentemente que vai se juntar a Ronnie Wood e Charlie Watts para uma jam session em Londres. A participação de Mick Jagger na possível turnê ainda não foi confirmada, mas em entrevista à revista Spinner, Richards já abriu as portas para os ex-integrantes da banda.

"Todos são bem-vindos. Eu vou chamar Bill Wyman também... e Mick Taylor. Todo mundo. Todos são Stones, sabe?”, disse o guitarrista.

Mick Taylor deixou a banda em 1974, após cinco anos nos Rolling Stones. Ele fez sua estreia no concerto em Hyde Park, em 1969, poucos dias após a morte de Brian Jones, e participou de discos importantes como "Let it Bleed", "Sticky Fingers" e "Exile on Main Street". Wyman foi o primeiro baixista e ficou com o grupo até 1992, quando saiu para se dedicar à carreira solo. No entanto, os dois já voltaram a trabalhar com os Stones em projetos especiais.

Keith Richards pretende começar a ensaiar em dezembro para a possível turnê. Os Rolling Stones não se apresentam ao vivo desde 2007.

Reedições... até quando?

Ontem a noite li uma entrevista na Billboard Brasil de 25/11/2011 dada pelo Nick Mason sobre os novos boxes que o Pink Floyd tá lançando.
Interessante mas que me fez pensar e repensar sobre o assunto de relançamento dos materiais de bandas.
Ele conta que a EMI e o PF, lançaram (recurso financeiro e de marketing, ou não?) em setembro e início de novembro deste ano o A Foot in The Door – The Best of Pink Floyd, que contém os álbuns
The Dark Side of the Moon e Wish You Were Here e vão lancar em março de 2012 o The Wall Premium. Todos materiais com CD e Blue Ray, além de muitos extras e materiais gráficos inéditos.

Curiosidade; a entrevista tem uma linha de tempo que mostra a história da banda.
Mais uma coisa que descobri e não sabia. Em 1969 quando o homem pousou na lua, a trilha sonora que os ingleses ouviam durante a transmissão ao vivo da BBC era uma criação Floydiana.
Achei o vídeo no youtube; http://www.youtube.com/watch?v=i2HHT7txFQ0.
Experimentação pura, tal qual os primeiros trabalhos da banda e que fizeram dela o sucesso que ela é (até em virtude do novo momento under e psicodélico da juventude inglês da época) e ninguém me tira isso da cabeça... de que o PF teve total ajuda da transformação do final dos anos 60 e depois é que se consolidou como sucesso, atingindo maturidade e qualidade criativa e sonora.

Críticas e comentários a parte, fica a dica de leitura.

Abraços.
By Roehrs

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Temperos do Lourival

Quem nunca foi no Bar Lourival, na 24 de Outubro...??

Bom, isso é pouco provável por qualquer apreciador noturno de Porto Alegre... e inclusive o Bar já foi citado aqui no Blog, como um local de um de nossos primeiros encontros... onde aproveitamos e comemoramos o aniver de nosso confrade Luca Brasi, em abril último.

O bar, conhecido pela (embora nem sempre disponível) vasta quantidade de cervejas, acaba de incluir uma nova no cardápio: a da casa. Excelente idéia.


Enfim, é ver (ou beber) para crer e aprovar, certamente. Já que a fabricação é a mesma da fábrica da excelente Saint Beer (e que Deus nos abençoe).

By Alberton

Temperos Chilenos-Tailandeses

Terceira vez em Santiago; terceira vez no Ky... um restaurante que, de fato, funciona só por indicação... não tem fachada, não tem placa, não tem (quase) nada indicando o caminho... numa rua (relativamente) escura; da luminada-escura Santiago del Chile.

Saca a entrada (portão)... deve ter gente que dá meia volta e vai embora. Nem o taxista sabia onde era (e eu orientando o cara, como se eu fosse o Chileno...)... acho que a Desi pensou em desistir, mas manteve firme e entramos... é tocar o interruptor; esperar uns segundos (que parecem minutos) e entrar...



Mas vamos aos fatos...

A comida não é o melhor do Ky. O ambiente vale o preço, que não é muito generoso, mas nada de exagerado. Gasta-se muito menos do que qualquer meia-boca de Porto Alegre. E tomando um vinho (quase) Premium, sem pagar uma enormidade por uma garrafa... algo que em POA é quase impossível...

Os dois anos anteriores tinham sido bons e ruins. Bons por conhecer o lugar, comer, beber e quase se divertir. A primeira vez em 2009 a ainda teve o plus da emoção de "será que entrei no lugar certo??". A Desi teve esta emoção este ano. Mas os 2 anos anteriores foram ruins por estar sozinho... e daí é aquela história, os primeiros 20 minutos são bacanas... tu dá uma volta no bar, conhece... mas o resto de tempo tu já enche o saco, bebe toda a garrafa de vinho, quer puxar papo com garçom, com o dono, com o chef; enfim... me viro bem sozinho, mas é "impossível ser feliz sozinho"... ainda mais jantando.

Este ano foi melhor, muito melhor... com a Desi pude desfrutar uma das melhores jantas de minha vida. Ao lado de quem amamos pouca coisa já serve para ficar perfeito (ou até o nada); mas imagine num local fantástico... tudo antigo, velho e novo, nenhuma mesa igual a outra, vários ambientes, quartos, outros quartos, salas, cozinhas, banheiros... come-se onde der e com relativa elegância. Bom atendimento. A decoração e o ambiente é que mais vale neste restaurante, fazendo ser uma experiência diferente... mas ainda tem a sobremesa, ah, a sobremesa... mas isso fica para algumas linhas abaixo...

Sentamos numa mesa bacana, no mezanino de dentro da casa, com boa vista para a sala (!). Local reservado previamente, by fone. Se for num final de semana, é melhor reservar... embora o restaurante seja grande, parece pequeno... mas nada de tumulto... a música é um pouco alta, mas na medida... Te permite conversar e não escutar a conversa das outras mesmas.

Este ano eu gostei que, mesmo sem querer, sentei em 3 partes diferentes do restaurante em cada vez que fui. Pareceu 3 restaurantes diferentes.

O vinho, Casa Lapostolle Cabernet Sauvignon estava delicioso, forte, tânico e foi melhorando com o tempo... que passou devagar e depressa, no restaurante. Acompanhou bem nossos pratos encorpoados e apimentados...


Eu fui num prato mais típico (forte) e a Desi arriscou no Tubarão (ou Tiburone...)... o prato da Desi estava um pouco melhor que o meu, mas ambos gostosos.



Mas o melhor deste restaurante, além da decoração, é a sobremesa. Certamente ainda vou comer, mas até hoje, nunca comi nenhuma sobremesa melhor do que essa em nenhum restaurante onde fui. Chama-se Maicon Yackson (sim, com Y)... e vou deixar as fotos falarem por si. Dá vontade de comer mais de um, mas, enfim, fomos num só para cada, para não ficar indelicado... aprecie devagar, ou não...




Por fim, terminamos nossa janta com um belo café Colombiano, com cubos de açucar de enfeite (já que cortamos o açucar faz um tempo...)... e depois voltamos ao hotel, afinal, no outro dia, o professor aqui tinha compromissos acadêmicos... e a Desi pode dormir um poquito más... e depois conhecer um pouco mais de Santiago.



A conta total saiu por R$ 160,00... por 2 pratos principais, um baita vinho, 2 sobremesas, água e café Colombiano... enfim, em POA isso deveria custar bem mais... ainda mais com a ganância dos donos de quase (todos) os restaurantes brasileiros, que cobram uma fortuna por um vinho, seja ele bom ou mediano.

Um dia mudamos essa cultura. Minha forma de contribuir com isso é (tentar) não consumir mais. Deixo para tomar em casa.

Saludos.

By Alberton

Temperos Italianos

Muito bacana esta lista do site "Testosterona"...

Filme épico nas mãos de Coppola e inspirado em Mário Puzo.

By Alberton



quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Temperos Floydianos II

Agora é esperar...
E ainda faltam 129 dias, 2 horas e 48 minutos!
Abraços.



By Roehrs.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Pimentas de Floyd !

Estamos aguardando, este DVD do Roger Waters, da turnê The Wall, que foi gravado ao vivo, no O2
Arena em Londres, no mês de maio deste ano.
Segue abaixo, o link, do encontro de Gilmour e Waters, neste histórico show.

http://www.youtube.com/watch?v=hUYzQaCCt2o

Juntos cantaram Comfortably Numb, só isso.

Nota-se  a emoção de Waters com a aparição de Gilmour e aceitação de fazer este show.
 
by Toniolo.

Temperos Del Barbiere !

Chegou nesta data misteriosa de "11.11.11" o nosso tão esperado 9ª encontro. Foi um reunião agitada em todos os aspectos, para os confrades do Temperos. O Leonardo Chacon foi oficializado membro oficial da turma. Somos quatro agora. A chegada ao local, foi conturbada, imprimi um mapa do google para localizar o destino. Ajudou bastante, mas bastou errar uma conversão ao final Rua Riachuelo, que o pavor bateu. Éramos para ter chegado no Del Barbieri, ás 12:05hs, chegamos vinte e cinco minutos depois, só isso.
                                                              Fachada do Del Barbieri.

Na chegada, Renato e Diego, nos aguardavam aniosos e preocupados, mas em contraponto, a pontualidade deles, ajudou-nos a ficar com a melhor mesa do recinto.
Saudações à parte, colocamos literalmente os assuntos pendentes na tábua.
Estamos definindo, a camiseta do Show do Roger Waters, em março do ano que vem, na turnê The Wall, que usaremos. Discussões a parte, conseguimos chegar a um modelo, que agradou a todos. Também, definimos o nosso logo, que está pendente, há um bom tempo.
Voltando duas casas atrás na história, o local é pequeno, mas muito aconchegante, encontramos a garçonete, mais atenciosa e educada de Porto Alegre, até o momento, é uma senhora de idade, não lembro seu nome.
O ritual desta refeição dionísica, se inicia, com um petisco de nachos com molho de nata.
Para aliviar a tensão, pedimos as nossas bebidas, como sempre, Diego no vinho e os demais na loira belga da Stella Artois, na versão long neck.
Estava sonhando com o prato principal, no mínimo, uns vinte e cinco dias. O menu do mês, no restaurante é fixo, funciona de segunda à sexta.
A entrada do dia, estava excelente, é uma salada de folhas com sementes - gergelim, linhaça, girassol e semente de abóbora. Sem dúvida, foi um dos três melhores, pratos de salada combinada, que experimentei na minha vida.
                                                                Salada de folhas de sementes.

O prato principal, nossa, por onde começar. As melhores receitas, muitas vezes, estão na simplicidade e, não na complexidade. Tivemos o prazer de saborear, um filé grelhado com farofa de passas de bergamota, batainhas e cenuras glaceadas.
                                                                    Filé Grelhado divino.

O mais incrível, num prato como estes, é a sensação de perceber, que a quantidade de comida, aparentemente assusta, mas basta o primeiro corte e, pronto, está na medida, usaria o termo nórdico "lagow", traduzindo "nem pra mais e nem pra menos".
A história do Del Barbiere, deu-se através, da idéia de integrar-se com a cinqüentenária Barbearia Elegante, do pai, do Chef  Marcelo Schambeck, criando um ambiente, moderno e antigo, muito acolhedor, aliás, esta química de misturar ambientes, é algo, que estava faltando a gastronomia.
                                                                       Barbearia x Bistrô.


                                                                       Ambiente interno.

Não tivemos coragem, de ir embora, sem provar os doces da casa, arrisquei um pudim ao leite com calda de bergamota, adorei. Diego, preferiu um copinho de ambrosia com maracujá. Leonardo e Renato, foram diretos para os cafés da casa, que são muitos, Diego, acompanhou-os em seguida num black coffee.

                                                                    Pudim de Leite e Ambrosia.


                                                            Pretinho + que básico =  necesssário.

Foi uma sexta-feira, muito especial para o grupo. De fato. Estamos cada vez mais fortalecidos, com a nossa proposta, de parar o tempo, por duas horas, mensalmente e, curtir as três coisas (comida, bebida e amigos) que mais gostamos nesta vida, depois é claro, de nossas super mulheres.
Já vou avisando, liguem para o Del Barbiere, para marcar o almoço. O espaço é concorrido.
Resumo dos temperos : R$ 27,90 por kbça. A bebida e os doces, não estão com preços atrativos, poderiam melhorar um pouco.
Recomendo, indico, assino embaixo e endosso, este pequeno e grande templo da culinária.
Endereço: Rua Jerônimo Coelho 188 - Centro - Poa - RS.
Os confrades, foram presenteados na parte musical, com os cd´s de dois mestres do cinema atual, são eles:

Robert Rodriguez's :


e Quentin Tarantino (Trilha Sonora de Cães de Aluguel) :



Abraços a todos.
by Toniolo

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Temperos Floydianos

Ingressos comprados. Os melhores amigos. A noite perfeita.
Agora é aguardar e ver para crer.
E que o contexto faça o que tenha que ser feito.
By Alberton.


segunda-feira, 31 de outubro de 2011

9º Encontro - 11/11/2011 !

Queridos Confrades, boa noite. Nosso próximo encontro, conforme combinado, ocorrerá no dia 11/11/2011, realmente será uma data muito especial, por diversos motivos, entre eles, estão a inclusão oficial do nosso 4º membro, Sr. Leonardo Chacon, o aniversário do nosso amigo em comum Sr. Giuliano Toniolo e, o desbravamento de um novo local na cidade de Porto Alegre.

Abraços Temperados.

by Toniolo.

sábado, 29 de outubro de 2011

Temperos de Risoto de Linguiça com Baden Baden Weiss !

Amigos do Temperos do Rock, domingo passado, eu e a minha mulher, resolvemos inovar na cozinha e, trocar o  tradicional prato dos gaúchos no domingo, resolvemos cancelar o churrasco e, desenvolver uma receita de ristoto com a melhor invenção do mundo, feita pelos egípicios  há 4.000 anos, a cerveja.
A receita é bem simples e muito saborosa, mesmo aquelas pessoas que não bebem, vão acabar cedendo a este saboroso prato. Abaixo, segue o Mestre Vice com sua obra prima.

                                                       Vice no processo final do prato.

                                                         Pratos prontos para saborear.
Receita :
1/2 xic. chá de queijo mussarela desfiado
1 xic. chá arroz arbóreo
330 ml de Baden Baden Weiss
1/2 litro de caldo de carne (podes usar um tablete)
1/2 quilo de lingüiça perdigão
3 col. Sopa de azeite de oliva
2 col. sopa de manteiga
15 folhas de manjericão
1 cebola média ralada
sal a gosto (pouco)
música "domingo do Titãs" (opcional)

1ª Etapa:
lave as folhas de manjericão e rasgue com as mãos. Reserve. Em uma panela a parte, prepare o caldo de carne. Na panela principal frite a lingüiça para fritar no azeite, mexendo de vez em quando, por mais ou menos uns 5 minutos ou até dourar.

2ª Etapa:
acrescente a metade da manteiga, a cebola e refogue até o ceboledo ficar transparente. Junte o arroz (sem lavar). Mexa rapidamente e sem parar por uns 4 minutos ou até os grãos ficarem brilhantes e agrupados.

3ª Etapa:
agora adicione metade da cerveja a cozinhar, mexendo sem parar, raspando o fundo e as laterais da panela por uns 3 minutos, ou até não ter mais líquido. Repita a operação, desta vez com o caldo até o arroz ficar al dente.

4ª Etapa:
antes de servir, não esqueça de finalizar o risoto acrescentando o restante da cerveja e o manjericão. Acerte o sal (muito pouco, nem precisa), insira o resto da manteiga mexendo bem devagar e retire do fogo.

5ª Etapa:
aplique o queijo com o risoto ainda na panela e depois quando servir coloque mais uma nesga de queijo só para dar mais um gostinho.

Pronto.
Até a próxima dica.

by Toniolo.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Temperos Sicilianos

Pois bem... aquelas aventuras e surpresas que a vida nos reserva.... encontrar um belo restaurante, na beira de estrada, quase escondido... com comida boa, ambiente ótimo e paisagem deslumbrante. Não, não estamos na Itália, mas na Serra Gaúcha.


Estamos em 22/10/2011 e já passava das 12h e rumávamos para Serafina Correa, distante 240 Km de Porto Alegre. O objetivo era mais do que nobre: IV edição da festa nacional de minha família... mais de 420 italianos comemorando a imigração, parentada e tudo mais o que puder acontecer. Tudo muito lindo.

Mas voltando ao restaurante... paramos na cidade de Encantado e não encontramos nada decente... apenas um restaurante que nos deixaria com cheiro de fritura até hoje. Pensamos em continuar na estrada e, mais do sem querer, a Desi avista este restaurante (ou ristorante, como chamam...) em cima de uma pequena colina... "vamos nessa", pensei. Dei o retorno e chegamos. Sensacional.


A comida é italina, mas nada de exagero. Paga-se um valor único e se come a vontade. Tem galeto, porco, massas (2 tipos), saladas, maionese e outros apetrechos que complementam o sabor. Tudo muito simples e gostoso, bem preparado... tudo feito na hora e com capricho, servido direto na mesa. O ambiente é que faz o diferencial.

Vamos aos pratos...


queijo, polenta e salame...

massa, galeto e porco...

maionese divina...

Enfim, comemos bem e nos divertimos. Rápido, infelizmente, porque o tempo era curto e já estávamos atrasados. Nem se lembramos da sobremesa e café.

O ideal seria sentar na rua, debaixo da parreira e desfrutar um bom vinho. Mas estava um pouco calor e não tínhamos tempo... além disso, eu estava dirigindo, então fui na água mineral mesmo. Minhas meninas fizeram o mesmo.

Atrás do restaurante tem uma vinícola, mas que pelo visto não produz vinhos tão bons. Devem ser mais simples, pelo que pude observar... com produção bem enxuta, mas sem carvalho e com uvas compradas de outros agricultores. Mas enfim, só provando para saber.

Fotos do local... e da vista !



entrada...

placa indicativa na estrada...

vista do alto, tem uma torre que dá subir....

fachada interna, estilo rústico...

Pois bem, por R$ 25,00 por pessoa, comemos bem e saímos maravilhados com a paisagem do restaurente. Abriu faz 2 meses e torço muito para que dê certo. O nome do restaurante é Casa Rica, fica na estrada entre Lajeado-Casca, na cidade de Encantado - RS. Vale uma visita para quem passar por lá, seja no almoço ou na janta. Aliás, o dono me disse que a noite pretende fazer risotos... combina com o local.

E se sentir na Itália por algumas horas.

By Alberton