segunda-feira, 10 de junho de 2013

Confrarias

Participo atualmente de duas confrarias.

A primeira completou 10 anos neste fevereiro de 2013, já a segunda completou 02 anos também neste último fevereiro. Coincidência ou não, as minhas inclusões nestes seletos grupos se deram no auge do verão, sempre como fundador e nunca como futuro participante.
Nada contra aos confrades ou sócios que chegam depois, mas prefiro sempre plantar a semente, acender a lâmpada ou gritar gol em silêncio primeiro, sou assim, taurino convicto, meio capilé e meio italiano, talvez por nascer em São Leopoldo e gostar de cerveja (sou alemão) e, por ser filho de italiano e gostar da culinária italiana me divido nestes dois países europeus.






Acredito que venha destas influências citadas acima, o dom de reunir amigos em diferentes grupos, pois se buscarmos historicamente a reunião de amigos seja na época da lei seca americana onde os italianos formavam pequenos grupos apelidados de “speakeasies” para apreciar as bebidas alcoólicas proibidas às escondidas entre 1922 e 1933 nos EUA ou por uma cultura fortemente influenciada pela cerveja alemã, um povo com uma cultura resguardada do resto do mercado cervejeiro devido à adesão dos cervejeiros  alemães ao Reinheitsgebot (preceito da pureza).

Cada uma delas tem suas particularidades, regras e devoção.

Na Associação dos Amarelos, os encontros são realizados semanalmente sempre as terças-feiras à noite, já no Temperos do Rock se dão as sextas-feiras ao meio-dia, uma vez por mês.
Cada confraria tem sua identidade própria, não tem como misturar, são próprias, tem portões, fronteiras e até cães de guarda, é uma máfia italiana das melhores, talvez com uma pitada de maçonaria dos anos 2000.

Todo grupo passará por fases ótimas e muitas crises também, isto é do ser humano, a busca de ideologias dentro de um núcleo, nascemos no coletivo e desencarnamos ao redor de entes, ou seja, na coletividade, mas dentro de um universo particular de amigos muitas vezes buscamos a independência e espaço. Quem sabe não imitamos nossos parentes mais próximos “os animais”.

Inclusive, nas melhores equipes de inúmeros esportes já formadas pelo homem como por exemplo: futebol, volêi, basquete e outros, obtiveram êxito e fracasso, as lições que ficam esculpidas através dos tempos é simples, “um grupo de índivíduos se fortalecerá nesta fortaleza instrasponível batizada de confraria, sempre que todos os envolvidos entenderem que somos mais que irmãos de sangue, somos irmãos de alma”.

Hoje não consigo imaginar chegar em casa pra minha esposa, olhar para seu rosto e falar: “Estou fora da confraria”. Causaria um impacto pra ela também, pois na maioria das vezes, nós mesmos esquecemos que as nossas confrarias são uma extensão da nossa família. Muitas vezes não conseguimos equacionar este envolvimento.

Com relação aos números de participantes numa confraria, na minha opinião é muito relativo e depende de cada proposta. Os Amarelos são em torno de 40 pessoas e o Temperos do Rock são 6 amigos. Já participei como convidado de uma confraria de somente três pessoas, achei interessante a proposta deles, eles batizaram o grupo de “Terça da Amnésia”.

Se me perguntares um dia, se vou criar mais uma confraria, te diria:
- Sure, Why Not ?

Abraço na alma.
Toniolo.

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