quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Temperos Italianos

Somos todos italianos. Ou quase todos. Não é por culpa de Francis. Ou Puzo. Ou qualquer filme que aborde a máfia italiana. Ou da igreja católica. Ou do Pacino. Ou do De Niro. Não é culpa de ninguém. Somos italianos porque somos sanguíneos. E porque gostamos de comer bem. E porque gostamos de tomar vinho. Ou quase todos. E vinho tinto. Ou quase todos.  E isto já explica muita coisa. Bem vindos ao encontro de dezembro da confraria Temperos do Rock; o último de 2012, o primeiro no tradicional Ristorante Copacabana.

Painel tradicional do Copa

O dia estava um caos, confesso. Quase como um trânsito de Roma. Estamos em 21 de dezembro do longínquo ano de 2012; para muitos o último dia oficial do ano. Devia ser o último dia de toda a população de Porto Alegre, eu acho, face o stress interminável destes caras que querem fazer em 5 dias o que não fizeram no ano inteiro. Brasil. E, incrivelmente, eu adoro isso. Vai entender. Lá de cima, São Pedro (o da Basílica ou não) mandava ver na chuva incessante que não parava desde o dia anterior. Não, não estamos em Paris, estamos em Porto Alegre.



Para chegar da Zona Norte até o “Copa”, levei mais de 90 minutos. Incrível: 1 hora e 30 minutos para fazer uns 10 kilômetros, mais ou menos. É mole ? Não, é Porto Alegre em dia de chuva. Em São Paulo tenho conseguido me locomover mais rápido. Umas duas casas antes, o Sr. Miguel Corleone (nada de Michael, ok?) já havia me ligado umas 2 vezes querendo saber onde era o Copa. Porra, não deu para ver isto antes? E eu tendo que responder no meio do trânsito caótico... como se chega na José do Patrocínio.... uma bela invenção este tal de Bluetooth para celular no carro.



O Sr. Freddo, como de costume, mais pontual do que os britânicos lá de cima, chegou cedo no restaurante. Como ainda é um membro novo na confraria, contribui por ser um bom recurso para averiguar a segurança previamente, antes da chegada do chefe oficial. Os inimigos ainda não o conhecem, por enquanto. Depois, terá que subir de posto (mesmo sem ninguém morrendo) e colocaremos outro em seu lugar. Coisas de hierarquia napolitana. Luca Brasi, mesmo não sendo oficialmente da família italiana, entende bem.

O Sr. Miguel chegou em seguida. E por volta de 12:20h, finalmente cheguei no local. Fácil acesso. Fácil estacionamento. Comodidades da vida urbana que nem todo o restaurante tem. Logo depois, chegou o Sr. Sonny, incrivelmente quase-pontual. Neste ínterim, o Sr. Miguel me pede um queijo à La carte, mesmo sabendo do rodízio livre. Merecia uns tapas. Mas tudo bem, quem resiste a um queijo com orégano ? Feito no forno ? Com bastante azeite de oliva (da Sicília, prego !).

Ficamos inquietos com a ausência do Sr. Luca. Teria virado comida de peixe no caminho ? Em breve poderíamos receber algum recado siciliano; aliás, o local era bem apropriado para isso. Mas não recebemos, graças. Mas não resistimos à fome e iniciamos o banquete. Mr. Brasi chegou quase as 13h da tarde. Deve ter confundido. Achou que era na Fontana di Trevi; quando deveria ter ido a Trastevere. Espero que isso não se repita mais. Sob pena de novos tapas.

A comilança italiana tem de tudo: massas diversas (a de berinjela é divina), porco, gado, vitela, linguiça, polenta, sopa, farofa e saladas. Tudo à vontade, como tem que ser. Provar 1 pequeno pedaço de cada coisa já significa alguns passeios necessários pelos Museus Capitolinos. Ou um engov mesmo. Tudo regado a um bom vinho tinto da Patagônia (que traição, diria Baco !), degustados por Luca, Freddo e o chefe; e por chopps da Heineken para Sonny e Miguel. E por fim, o melhor pudim que comemos em nossa vida, que parecia ter 2 latas de leite condensado em cada porção. Aliás, o buffet custa R$ 19,90, preço justo pela quantidade de comida.



Pisei na bola, não tive tempo e isso não é desculpa; e acabei não conseguindo levar as pérolas do rock do dia. Fica para o próximo encontro, finalmente com escolha do Sr. Freddo. Encontro que ainda não tem data e deve ter duas baixas: Sonny e eu. Ou 1 dos dois, pelo menos. Motivo de férias. Faz parte destas épocas de ano. O mais importante é seguir adiante.

No final, celebrações de natal e ano novo entre os confrades. Miguel saiu mais cedo; disse ter compromisso com algumas crianças de natal. Luca estava ocupado com os afazeres da firma. E o resto se bandiou logo em seguida. Parece mentira, mas no início de 2011, no Komka, iniciamos esta confraria de brincadeira e, como bem lembrou o Sr. Sonny no post anterior, já estamos ingressando no terceiro ano. Mais fortes e mais motivados. E mais felizes por termos tido mais de 20 encontros de 2 horas com nossos irmãos de coração, pessoas que fazem a diferença em nossas vidas. E saber que muitos encontros ainda teremos, antes de nos encontramos em algum outro lugar.

Bessos.

By Alberton

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