O encontro de Agosto de 2012 retornou ao Centro de Porto Alegre. Pegou a tradicional Av. Farrapos após o Hotel Roma e seguiu rumo ao Chalé da Praça XV, local histórico da cena Porto Alegrense. Fundado ainda no século XIX, o local já foi ponto boêmio, local de destaque gastronômico, ponto de moradores de rua, ficou abandonado e há alguns anos foi ampliado, reformado e apresenta hoje uma boa opção para o cidadão e turista em nossa capital.
Cheguei no centro por volta das 11:30h e aproveitei a folga no tempo para fazer algumas compras no Mercado Público. Temperos e temperos. Alecrim, Salsa, Cebolinha, Manjerona e outros chás por menos de R$ 12,00. Só no mercado mesmo. Para reclamação de Pacino que queria que eu o esperasse para comprar. Um pouco antes ainda, lá pelas 10h, tinha passado nas Americanas para comprar as pérolas e presentes aos confrades.
Cheguei ao Chalé por volta das 11:55h. Local ainda vazio. Dirigi-me para os fundos, pois foi aonde tinha combinado com os confrades. Pretendia sentar na parte interna, mas o sol, o calor e o dia lindo me fizeram mudar de ideia. Peguei a melhor mesa da rua e fiquei aguardando os figuras. Não demorou nem 10 minutos para Pacino e Sonny chegarem sem muito alarde. Luca Brasi se atrasou um pouco e chegou por volta das 12:30h.
Antes de Luca chegar, tínhamos pedido os tragos. Errazuriz Carmenere Reservado de vinho para mim e chopp artesanal de 400ml para Pacino e Sonny. Luca chegou e optou por me acompanhar no vinho. Sabido, este Mr. Sam. Que achou o vinho bom, porém com um final curto. Pedimos os pratos: a) entrecot bem mal passado para Mr. Sam e Tom, com tudo o que tem direito (ovo frito, arroz, batata, salada); b) entrecot torrado para Sonny (que um dia vai aprender a comer carne) e c) strognoff para Pacino, que jurou nunca mais comer carne a partir do dia anterior.
Sobre isso, Pacino gastou uns bons 20 minutos da reunião explicando os malefícios da carne e o limite semanal de consumo da mesma, segundo o seu amigo-íntimo que é medico gastro. Hora inapropriada para isso, certamente; já que todos estavam com fome e querendo comer uma boa carne. Mas isso passa, certamente. Já Sonny deixou todos inquietos com sua relação entre o acendedor de cigarro do carro e o GPS; o que ninguém entendeu (nem ele).
Aos poucos o local foi enchendo, com mesas lotadas. Dá de tudo no Chalé da Praça XV. Casais de todas as ordens, trabalhadores, folgados, vagabundos e confrades. De Michele Pfeifer à Shakira. De Elvira a Antônio Montana. O local é uma boa alternativa para um passeio, tanto diurno, quanto noturno. Os preços são acessíveis e o atendimento foi bom. De ruim, apenas a taça de vidro para tomar vinho. Não combina tomar vinho com taça de vidro. Um dia os restaurantes vão aprender isso. A sobremesa foi sorvete de creme para os três e um papaya com cassis para o Tom aqui. Que cumpriram bem seu papel. Nada demais, mas foi tudo bem.
As pérolas do almoço foram obras do Chico Buarque. Quis fazer algo diferente e providenciei obras clássicas do mestre Chico. “Amante” para Pacino; “Malandro” para Sonny e “Trovador” para Luca Brasi. Ou algo parecido com isso. Espero que os confrades curtam e se abram para novos caminhos tão velhos da nossa MPB. Tão rica e sensacional.
Foi um pouco corrido o nosso almoço. Pelas 13:30h passada, nos despedíamos do Chalé e da 1:30h em pleno século XIX, com a certeza de que valeu desbravar mais um local místico e histórico da cena de Porto Alegre. Por cerca de R$ 58,00 por cada confrade, pagou-se a conta e a gorjeta. Não deu tempo para um café, fica para a próxima. Mas na saída, ainda deu tempo de ouvir a explicação de um garçom sobre a histórica do Chalé. Assustamos-nos um pouco com o cara, mas deu tudo certo...
Combinamos de ir em locais mais roots a partir de agora. Vamos ver se temos coragem. Quem sabe Bares mais fedorentos. Ou Pubs mais sujos. Ou Botecos indelicados. Ou Recantos proibidos. Sentar com vagabundos e curtir o almoço Porto Alegrense de um outro jeito, quase etnográfico. Vamos ver o que vai dar. Se isso foi tudo fruto da imaginação de todos; ou se a realidade dos confrades vai mudar a partir de agora. É aguardar e torcer para estar vivo para ver.
Saludos.
By Alberton
Oi, eu irei colaborar, de agora em diante, o blog da Revista O Dilúvio, e gostaria de utilízar o texto sobre o bar amadeu e a prisma discos, já que frequento ambos com regularidade. Posso usar o texto em questão?
ResponderExcluirAbraço.
Boa tarde Sr. Júlio, tudo bem !
Excluirsem problemas com o uso dos textos, agradecemos
o privilégio de participar do seu blog da revista.
Saudações
Confraria Temperos do Rock.
Boa tarde, Sr. Júlio
Excluirpara complementar, só pedimos que você atribua o uso dos textos,
em nome da Confraria Temperos do Rock.
Muito Obrigado
Confraria Temperos do Rock.