“Good wine is a kind and trusting friend
when taken with wisdom”, disse certa vez o Sr. William Shakespere. Mas quem suporta um vinho neste
calor ? Pois bem, o primeiro encontro de 2014, o antepenúltimo da tour III da
confraria Temperos do Rock, voltou para Canoas. Num dia escaldante de verão,
como estão sendo todos estes expressivos dias atuais de verão, nos juntamos por
2 horas para celebrar aquilo que a vida tem de melhor: um bom papo com amigos
regado a uma boa comida e, why not?, uma boa cerveja. Bem vindos ao dia
31.01.2014. Bem vindos à galeteria San Niccoló. E sem vinho. Baco que nos
perdoe.
Mesmo com as dificuldades naturais do mês de Janeiro (férias, praia, calor...), tivemos presença maciça dos confrades. A presença física ainda não foi suprimida por nós. E sabemos o quanto ela é importante, mesmo em tempos de redes sociais e outras bugigangas virtuais. Infelizmente, apenas o Sr. Luca Brasi, por motivos de trabalho, não pode comparecer. Fica para a próxima. Os demais estavam todos lá, pontualmente, em torno das 12h. E vale a grande ressalva e o grande destaque da majestosa presença do confrade Sr. Guto Toniolo, que mesmo após 35 horas de viagem, tendo chegado na madrugada do mesmo dia ao Brasil, marcou presença entre os amigos. Com um fuso de 10 horas no corpo, mas presente. Sensacional.
No cardápio
intelectual, claro, o papo sobre as viagens intercontinentais e as férias de
(quase) todos. O Sr. Chacon ainda tentou, sem sucesso, introduzir o tema da greve
dos ônibus de POA, que muito vem incomodando a todos e a todas. Mas o papo
seguiu para outros caminhos e cruzou Las Vegas, New York, Lisboa, Madri,
Mumbai, Nova Dhéli e terminou em La Paloma no Uruguai, retornando para POA. Ou
Ibirubá. Ainda deu tempo para falarmos de “O Lobo de Wall Street”, do Sr.
Martin Scorcese; e do ótimo “Um Corpo que Cai”, do Sr. Alfred Hitchcock; ambos
em cartaz nos cinemas.
No cardápio
intestinal, tudo aquilo que uma galeteria típica de turista e do bastatão oferece:
321 tipos de massa, galeto, costela de porco e outros apetrechos mais. Tudo
livre e liberado, com fartura espetacular. Algumas massas estavam excelentes,
com destaque para a Carbonara (muito apreciada por este e pelo Sr. Benetti) e
pela bela Rúcula com Tomates Secos. O maior destaque além-massa foi para o
entrecot mal passado e a lingüiça calabresa. O Sr. Guto e eu, que por força das
viagens, ficamos mais de 20 dias sem comer carne, agradecemos pelo cardápio e
nos lavamos de sangue. Mas o resto do pessoal não decepcionou e, obviamente,
alguém acabou falando que “desta vez comi demais”. Faz parte.
A parte etílica ficou dominada pelas águas minerais. Como quase todos iriam viajar durante a tarde ou à noite, então, desta vez foi (quase) sem álcool. Estrada não combina com trago. Mas acabou rolando umas 3 serramaltes perdidas, ao menos para o brinde, que foram logo dizimadas pelo cérebro e pelo corpo depois de tanta comida. Sorte dos que não iriam viajar. E ainda teve a sobremesa com as tradicionais torta de limão, pudim, creme e sagu, todas regadas a um belo café expresso-preto-caliente para finalizar.
O ambiente é
de almoço de firma. O dono veio me recepcionar. Mesas confortáveis, um salão
simples, mas bem cuidado, bem pintado e com garçons eficientes. Mesas grandes
com os tradicionais almoços de sextas-feiras dos funcionários enjoados do
famoso bandejão de suas fábricas quentes. O serviço não é muito simpático, mas
o importante é que funciona (quem quer conversar com o garçom?). Tudo na
medida, rápido e quente. Como tem que ser. E os geradores de frio da Carrier
(ou qualquer outra marca dessas) seguraram bem os 38 graus de temperatura do
lado de fora.
As obras e
pérolas musicais entregues foram importantes para fecharmos arestas anteriores
e conhecer coisas novas. O Sr. Guto quitou o maravilhoso “CD show” do The Cure,
que havia dado um pequeno problema técnico na época que ele foi o anfitrião.
Trata-se do set list do show visto pelo próprio confrade em São Paulo, ano de
2013. Aliás, set list sensacional. Deve ter sido um baita show, como mesmo
relatou com retidão e emoção o nosso confrade indiano. O Sr. Benetti liquidou a
fatura com a última entrega do Rock Argentino, quase direto de Buenos Aires, que
o Srs. Guto e Chacon não haviam recebido no encontro anterior.
O Sr. Chacon
deu uma ideia importante: de fazermos uma lista de tudo o que já trocamos de
pérolas. Vou tentar organizar isso. A pérola do mês, entregue por este confrade
que vos escreve foi a banda portuguesa Ornatos Violetas, trazida diretamente da
cidade do Porto, norte da Terrinha. Uma mistura de sons diferentes, que flertam
entre o Ska, Rock, Pop e outros temperos. O CD continha os álbuns “Cão” e “O
monstro precisa de amigos”. É diferente (às vezes é um pouco engraçado escutar
rock cantado por este português um pouco diferente do nosso), mas espero que os
confrades apreciem.
Ainda deu tempo para algumas combinações importantes, entre elas a camiseta da tour III; que este ano será responsabilidade do Sr. Chacon. Temos ainda mais 2 encontros para finalizar a tour; sendo o de fevereiro na casa do Sr. Délcio. Com a promessa de tirar o dia, muita (e só) ovelha de todos os jeitos, cortes e pontos de assado; quem sabe um barril de chope da Brahma (ninguém se opôs). Também, com este calor, talvez tenhamos apenas a dificuldade em acertar a quantidade de litros... Uma promessa de diversão garantida entre os 6 amigos. E ao vivo.
Bessos.
By Alberton
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